Dr Mateus Brandão
Visão jurídica revela como a Inteligência Artificial transforma o cotidiano dos cidadãos
Especialistas discutem implicações legais, éticas e sociais da IA no Brasil e defendem atualização do direito diante da automação inteligente

A presença crescente da Inteligência Artificial no dia a dia levanta questões fundamentais sobre responsabilidade, ética e regulação. O especialista Joilson Soares, reconhecido por unir IA, Neurociência e Marketing Digital, destaca que o impacto da automação transcende o campo tecnológico: “Estamos diante de uma transformação civilizatória, em que a inteligência de máquina desafia estruturas jurídicas e culturais construídas ao longo de séculos.”
No âmbito jurídico, o debate gira em torno da autonomia das decisões automatizadas, da proteção de dados e dos direitos digitais dos cidadãos. Ferramentas de IA já participam de processos seletivos, análises contratuais e julgamentos preditivos — práticas que, se por um lado aumentam a eficiência, por outro exigem transparência algorítmica e novos parâmetros legais.
Como observa o jurista espanhol Carlos Fernández de las Heras em sua obra “Derecho Digital y Nuevas Tecnologías”, “o Direito não deve frear a inovação, mas guiá-la de forma ética e humanizada”. Essa visão ecoa nas reflexões de Joilson Soares, que aponta a necessidade de integrar princípios de neuroética e IA responsável às práticas jurídicas contemporâneas.
Além disso, o avanço da IA provoca o surgimento de novas áreas do Direito, como o Direito Algorítmico e o Direito Digital Cognitivo, que buscam normatizar decisões tomadas por sistemas inteligentes. No Brasil, especialistas já discutem a criação de marcos regulatórios adaptativos, capazes de acompanhar o ritmo tecnológico sem comprometer os direitos fundamentais dos cidadãos.
“Se a automação redefine a economia, ela também precisa redefinir a justiça — mas sem desumanizá-la”, ressalta Joilson. Ele defende que a educação jurídica e digital caminhem juntas, para que profissionais do direito sejam capazes de interpretar a IA não como ameaça, mas como instrumento de progresso e equidade.
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